Cinema


Cinema em HollyWood


Até esta época, Itália e França tinham o cinema mais popular e poderoso do mundo mas com a Primeira Guerra Mundial, a indústria europeia de cinema foi arrasada. Os EUA começaram a destacar-se no mundo do cinema fazendo e importando diversos filmes. Thomas Edison tentou tomar o controle dos direitos sobre a exploração do cinematógrafo. Alguns produtores independentes emigraram de Nova York à costa oeste em pequeno povoado chamado Hollywoodland, graças a Griffith, que já o sugeria. Lá encontraram condições ideais para rodar: dias ensolarados quase todo ano, diferentes paisagens que puderam servir como locações e quase todas as etnias como, negros, brancos, latinos, indianos, índios orientais e etc.
"banquete" de coadjuvantes. Assim nasceu a chamada "Meca do Cinema", e Hollywood se transformou no mais importante centro da indústria cinematográfica do planeta.

Nesta época foram fundados os mais importantes estúdios de cinema (Fox, Universal, Paramount) controlados por judeus (Daryl Zanuck, Samuel Bronston, Samuel Goldwyn, etc.) que viam o cinema como um negócio. Lutaram entre si e as vezes para competir melhor, juntaram empresas assim nasceu a 20th Century Fox (da antiga Fox) e Metro Goldwyn Meyer (união dos estúdios de Samuel Goldwyn com Louis Meyer). Os estúdios encontraram diretores e atores e com isso nasceu o "star system", sistema de promoção de estrelas e com isso, de ideologias e pensamentos de Hollywood.

Começaram a se destacar nesta época comédias de Charlie Chaplin e Buster Keaton, aventuras de Douglas Fairbanks e romances de Clara Bow. Foi o próprio Charles Chaplin e Douglas Fairbanks junto a Mary Pickford e David Wark Griffith que acabaram criando a United Artist com o motivo de desafiar o poder dos grandes estúdios.

                                                                                                                                                                  

Festival de Gramado


Festival de Gramado é um festival de cinema do Brasil, realizado anualmente desde 1973 no Palácio dos Festivais na cidade gaúcha de Gramado. Desde sua 20a edição (1992), inclui não apenas produções brasileiras, mas também filmes de origem latina - donde sua designação oficial, "Festival de Cinema Brasileiro e Latino". Foi, na década de 1980, o mais importante festival de cinema do Brasil.

Oficializado pelo Instituto Nacional de Cinema (INC) em janeiro de 1973 o Festival do Cinema Brasileiro de Gramado teve seu ponto inicial nas mostras promovidas durante a Festa das Hortênsias, entre 1969 e 1971. O entusiasmo da comunidade artística nacional, da imprensa, dos turistas e dos gramadenses fez com que todos se engajassem num movimento com o objetivo de transformar a iniciativa num evento de caráter oficial. Foi assim que a Prefeitura Municipal de Gramado, a Companhia Jornalística Caldas Júnior, a Embrafilme, a Funarte e as secretarias de Turismo e de Educação e Cultura do Estado saíram em defesa da idéia e a tornaram realidade.

O 1º Festival do Cinema Brasileiro de Gramado aconteceu de 10 a 14 de janeiro de 1973, passando a realizar-se todos os anos - primeiramente no verão, depois nooutono e, a partir dos anos 90, no mês de agosto. As primeiras edições foram marcadas pelo sensacionalismo, a nudez e a crise das estrelas que disputavam a fama na serra gaúcha. Paralelamente, a disputa pelo Kikito - o Deus da Alegria - animava os debates, criava polêmicas e transformava a criação cinematográfica nacional no único assunto de artistas, realizadores, estudiosos de cinema, imprensa e público em geral. O festival firmou-se em tempos políticos duros - os anos 70- driblando a censura.

Desde essa época Gramado transformou-se num palco que traduz as glórias e crises do cinema nacional. A partir dos anos 80, com o aprimoramento das discussões sobre arte e cultura nos espaços do festival, o evento conquistou naturalmente o título de um dos maiores do gênero no país. Reunindo um grande número de filmes e de pessoas que querem falar de cinema, criação, sonhos e possibilidades de fazer sempre mais e com qualidade, o festival é hoje um espaço indispensável para a divulgação, discussão, crítica e incentivo à criação cinematográfica nacional.

                                                                                                                                                                  


O Cinema na Índia

O Cinema na Índia tem a maior indústria do mundo, em termos de venda de bilhetes e de número de filmes produzidos. A Índia é o maior polo de cinema no mundo com cerca de 800 filmes por ano. E tem uma das bilheterias mais em conta do mundo. Os indianos foram apresentados à técnica cinematográfica no dia 7 de julho de 1896. E o primeiro filme realizado na Índia foi: Save Dada, em 1897, que registrava um episódio de luta livre.




Características dos filmes da Índia

Os filmes indianos geralmente incluem muitas cenas de música e dança. Estas músicas costumam expressar emoções e paixões, que variam entre o amor, tragédia, triunfo e celebração. Nos filmes indianos costumam usar cantores de playback, ou seja, artistas que cantam as músicas, e os atores apenas sincronizam os seus movimentos labiais com a voz do cantor. As melodias de um filme indiano determinam em boa parte o sucesso comercial do mesmo.
Os filmes têm geralmente entre duas a três horas de duração, com intervalo. Os temas variam entre romance, comédia, ação e suspense. Hoje em dia o cinema indiano não só é popular na Índia, mas também em partes do Oriente Médio. Os filmes que mais se destacaram na Índia foram:


A Canção da Estrada (Satyajit Ray)




Devdas (Sanjay Leela Bhansali)




                                                                                                                                                                   

Filme: "Deus e o Diabo na Terra do Sol"

Manuel é um vaqueiro que fica revoltado contra a exploração imposta pelo coronel Moraes e acaba matando o coronel em uma briga.Ele passa a ser perseguido por jagunços,o que faz com que fuja com sua esposa Rosa.
O casal se junta aos seguidores do beato Sebastião,que promete o fim do sofrimento atravéz do retorno a um catolicismo místico e rural.Porém ao presenciar amorte de uma criança Rosa mata beato.
Simultaneamente Antônio das Mortes,um matador de aluguel a serviço da igreja Católica e dos latifundiários da região,extermina os seguidores do beato.


Filme: "Rio 40 Graus" 

ORIGINAL: Rio, 40 Graus (1955)

DIRETOR: Nélson Pereira dos Santos

ROTEIRISTA: Arnaldo de Farias, Nélson Pereira dos Santos

TRILHA:   Radamés Gnatalli, Alexandre Gnatalli, Cláudio Santoro

-Um trecho do livro A Fascinante Aventura do Cinema Brasileiro(1981), de Carlos Roberto de Souza, expressa bem quais eram as pretensões do cinema nessa época: "Rio, 40 Graus, era um filme popular, mostrava o povo ao povo, suas idéias eram claras e sua linguagem simples dava uma visão do Distrito Federal. Sentia-se pela primeira vez no cinema brasileiro o desprezo pela retórica. O filma foi realizado com um orçamento mínimo e ambientado em cenários naturais: o Maracanã, o Corcovado, as favelas, as praças da cidade, povoada de malandros, soldadinhos, favelados, pivetes e deputados". Surgia o Cinema Novo:

O filme narra a estória de cinco vendedores de amendoim, moradores da favela do Morro do Cabuçu, na cidade do Rio de Janeiro, que levam o espectador até alguns pontos obrigatórios do Rio num domingo de sol: a Quinta da Boa Vista, a praia de Copacabana, o estádio do Maracanã, o Pão de Açúcar e o Corcovado. A partir da rotina dos garotos, o espectador é convidado a conhecer a realidade do morro e de seus moradores, transformando-a na própria realidade do Rio de Janeiro.A tensão diminui no escurecer, quando vão para o ensaio da escola de samba. Filme foi censurado pelos militares, que o consideraram uma grande mentira. Segundo o censor e chefe de polícia da época, "a média da temperatura do Rio nunca passou dos 39,6º C".

                                                                                                                                                                   
Quem foi Glauber Rocha e Nelson Pereira dos Santos?

Glauber Rocha

Seu nome inteiro era Glauber de Andrade Rocha,ele foi um dos mais importantes integrantes do cinema novo.
Cinema novo é um movimento que teve início em 1960,seu lema era "uma câmera na mão e uma ideia na cabeça".
Glauber Rocha foi o primeiro filho de Adamastor e Lúcia Rocha,e irmão mais velho de Ana Marcelina e Anecy.
Ana Marcelina morreu de leucemia.Mais algum tempo depois ganhou outra irmã chamada Ana Lúcia,mais essa filha do seu pai Adamastor com uma cigana,que morreu logo depois do parto.
Glauber fez faculdade em de direito na Bahia.
Com poucos recursos,filmou "pátio"utilizando apenas sobras de material do filme de Roberto Pires.
Trabalhou como repórter no Jornal da Bahia,assumindo depois a direção do Suplemento Literário.

Depois casou-se com sua colega de universidade e atriz do filme Pátio,o nome da dama ra Helena Ignez.Logo após o casamento,iniciou as filmagens de seu segundo curta-metragem,o inacabado "Cruz na Praça",baseado num texto que o proprio Glauber escreveu.
Em 1960,nasceu sua primeira filha chamada de Paloma,mas apesar disso,separou-se de Helena um ano depois.

Trabalhou na produção de "A Grande Feira",de Roberto Pires e de "Barravento",de Luiz Paulino dos Santos,filme que acabou dirijindo depois de refazer o roteiro..Acabou o filme Barravento,no Rio de Janeiro,com Nelson Pereira dos Santos.O filme foi premiado na Europa e exibido no fetival de cinema de Nova York.

Depois filmou "Deus e o Diabo na Terra do Sol" ,filme que concorreu à Palma de Ouro no Festival do Filme em Cannes do ano seguinte,perdendo para uma comédia musical francesa.
Glauber também participou da criação da Mapa Filmes,junto com Walter Lima Jr. e outros.Foi preso com outros intelectuais,durante um protesto contra o regime militar em frente ao Hotel Glória no Rio de Janeiro.

Glauber trabalhou no argumento de "garota de ipanema,de Leon Hirszman.
Voltou ao Brasil mas o crescimento da repressão o desestimulou.
Em 1971 Glauber partiu para o exílio.E só volta para o Brasil depois de cinco anos de exílio.No ano seguinte,o curta-metragem "Di Cavalcanti" ganhou prêmio especial do júri do Festival de Carnnes.

Em 27 de Março,morreu sua irmã Anecy Rocha,ao cair do poço de um elevador.No dia 4 de Agosto,nasceu Pedro Paulo,filho de Glauber e de Maria Aparecida de Araújo Braga.
Glauber morreu de problemas broncopulmonares,aos 42 anos.




Nelson Pereira dos Santos

Filho de um alfaiate e de uma dona-de-casa de origem italiana, Nelson Pereira dos Santos nasceu no bairro do Brás e foi criado no Bixiga, em São Paulo. No início dos anos 50, formou-se pela Faculdade de Direito do Largo São Francisco, mas já estava apaixonado pelo cinema.
 Escolheu então o Rio de Janeiro para morar e iniciou a trajetória que o tornaria um dos mais importantes precursores do movimento do Cinema Novo.
Nelson Pereira dos Santos fez mais de 20 filmes, entre os quais "Vidas Secas", "Boca de Ouro", "Mandacaru Vermelho", "El Justicero", "Fome de Amor", "Como Era Gostoso o Meu Francês", "Azyllo Muito Louco", "Amuleto de Ogum", "Jubiabá", "A Terceira Margem do Rio", "Cinema de Lágrimas" e "Tenda dos Milagres".
                                        
Nelson foi professor fundador do curso de cinema da Universidade de Brasília (o primeiro do Brasil). Lecionou ainda na Ucla (Universidade da Califórnia em Los Angeles) e na Universidade de Columbia, em Nova York. É também membro do Conselho Superior da Escola de Cinema de Havana.

Seu trabalho mais recente é o filme "Brasília 18%", cujo título é uma referência à baixa taxa de umidade do ar na cidade.

                                                                                                                                                                   

A invenção do cinematógrafo.

No final do século 19, o cinema estava ainda em seu início. Em todos os países, várias pessoas inventavam aparelhos capazes de fotografar imagens em sequência que, quando projetadas, causavam a impressão de estarem em movimento. Duas pessoas que se destacaram foram os irmãos franceses Auguste e Louis Lumière. Diante de uma pequena plateia, eles projetaram o filme: “A Saída dos Operários da Fábrica Lumière”, com um minuto de duração.

A sequência foi captura e exibida pelo cinematógrafo inventado pelos irmãos Lumière, baseados no kinetoscópio desenvolvido por Thomas Edison e William Dickson, porém os Lumière que levaram a fama pelo pioneirismo na indústria cinematográfica.

O primeiro protótipo do cinematógrafo de Auguste e Louis foi criado em 1894, e consiste em uma câmera que fotografa e projeta as imagens em uma velocidade de 16 quadros por segundo. Algumas melhorias foram adquiridas durante os anos pelos americanos, como a possibilidade de filmagens mais longas e projeção com mais luminosidade, que fez o cinematógrafo ganhar mais popularidade.

O primeiro cinematógrafo ficou com a família depois da morte de Louis até 1994, quando foi doada à coleção do museu do Instituto Lumière. Além da invenção, o museu também guarda o primeiro cinematógrafo fabricado em série, usado nas exibições públicas.



O cinema novo
O Cinema Novo nasceu em 1952, no I Congresso Paulista de Cinema Brasileiro e no I Congresso Nacional do Cinema Brasileiro. Nestes eventos foram discutidas ideias que já tinham começado a aparecer nas conversas entre jovens inconformados com a queda dos grandes estúdios cinematográficos paulistas. E foi desse sonho que surgiu o “Cinema Novo”.

Em Portugal havia se criado uma escola, de mesmo nome, fruto de uma situação semelhante, batizada de ‘Novo Cinema’, o que garantiu ao grupo paulista um impulso criativo na mesma direção. Os jovens artistas, reunidos nos Congressos de 52, definiram novos parâmetros para a elaboração de filmes nacionais. Teve início uma nova fase na história do cinema brasileiro, a partir do filme Rio, 40 Graus (1955), de Nelson Pereira dos Santos, completamente influenciado pelo realismo italiano.

Os ideais do Cinema Novo logo encantaram artistas cariocas e baianos, que decidiram seguir os mesmos mecanismos. O que se desejava agora era o cinema criado com “uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”. O destaque, no Cinema Novo, é para o campo dos conceitos. Importante é refletir nas telas o real contexto brasileiro, através de uma linguagem despojada e adequada à realidade social deste período, marcada pelo subdesenvolvimento.

Na estética deste Cinema predominavam os deslocamentos lentos e escassos da câmera, os ambientes desprovidos de luxo, o destaque conferido aos diálogos, personagens principais dos filmes, muitos deles filmados em preto e branco. Na primeira etapa dessa escola, os cineastas se voltam para o Nordeste como fonte temática, abordando os graves problemas que afetam o sertão. São lançadas ‘Vidas Secas’, de Nelson Pereira dos Santos, e ‘Deus e o Diabo na Terra do Sol’, de Glauber Rocha.

A terceira e última etapa do Cinema Novo, revela a modificação sofrida por este movimento, com a repressão e, principalmente, com a censura. As produções deste período são profundamente inspiradas pelo Tropicalismo. Recorriam-se agora ao famoso exotismo nacional, com o uso de indígenas, araras, bananas, enfim, tudo que é típico das terras brasileiras. Mesmo em declínio, o Cinema Novo trouxe clássicos como Macunaíma, de Joaquim Pedro de Andrade, estrelado pelo genial Grande Otelo, baseado na obra-prima de Mário de Andrade.





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