segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Itamar Assumpção



Itamar de Assumpção (Tietê, 13 de setembro de 1949  São Paulo, 12 de junho de 2003) foi um compositor, cantor, instrumentista, arranjador e produtor musical brasileiro, que se destacou na cena independente e alternativa de São Paulo nos anos 1980 e 1990.


Biografia


Itamar de Assumpção nasceu em Tiête(interior de São Paulo) no dia 13 de setembro de 

1949. 

Bisneto de escravos angolanos, cresceu ouvindo os batuques do terreiro de candomblé no

 quintal de sua casa. Cresceu em Arapongas , no Paraná, onde se mudou aos 12 anos. 

Chegou a cursar até o segundo ano de Contabilidade, mas abandonou a faculdade para fazer
 teatro e shows em
Londrina. Aprendeu a tocar violão sozinho e, ouvindo Jimi Hendrix e arranjos de baixo e 
bateria, apaixonou-se pelo baixo. Mudou-se para São Paulo em 1973 para se dedicar à 
música.

Vanguarda Paulista

Itamar Assumpção foi um dos grandes nomes e contribuidores da cena alternativa que
 dominou São Paulo nos anos 70-80 do século XX, movimento que convencionou-se chamar 
de Vanguarda Paulista. A Vanguarda Paulista reuniu artistas que decidiram romper o 
controle das gravadoras sobre a produção e lançamento de novos talentos nos anos finais da 
Época das Trevas Modernas - anos anteriores a Internet. Os representantes desse movimento
 eram artistas que produziam e lançavam seus trabalhos independentemente das grandes 
gravadoras, eram os - hoje pecas de museu - LPs. Criavam suas próprias micro-empresas e
 gerenciavam a si mesmos. Itamar Assumpção era nome frequente na lista de shows do 
Teatro Lira Paulistana em Pinheiros, palco que foi denominador comum a todos os membros 
da Vanguarda Paulista - todos os representantes do movimento invariavelmente por ali 
passaram.
Itamar, ao lado de Arrigo Barnabé, Grupo Rumo, Premê (Premeditando o Breque), dos 
Pracianos (Dari Luzio, Pedro Lua, Paulo Barroso, Le Dantas & Cordeiro e outros), marcou 
sua obra basicamente por não ter tido interferência dos burocratas das gravadoras, o que fez 
com que sua obra fosse tida por tais gerentes e críticos de cultura rasa, como "difícil". Esses 
artistas, pela rebeldia, ousadia e audácia ganharam a alcunha de "Malditos". Itamar detestava
 tal rotulo e retrucava. A polemica era outra área na qual dava-se bem, talentoso que era com
 as palavras não só no âmbito poético. O duelo verbal lhe apetecia como forma honesta de 
defender a integridade do artista assim como - ao observador atento assim parecia - dava-lhe 
prazer triturar argumentos dos que com cultura limitada tentavam dirigir o processo de criação
 do artista. Em uma de suas tiradas mais famosas disse: "Se tivesse que ouvir conselho, 
pediria ao Hermeto Pascoal..." ou então: "Eu sou artista popular!", bradava indignado.
Entre suas canções mais conhecidas estão Fico Louco, Parece que bebe, Beijo na Boca, 
Sutil, Milágrimas, Vida de Artista, Dor Elegante e Estropício.
Conhecido como "maldito da MPB", o músico misturou samba com rock e funk, entre outros 
ritmos estrangeiros, em letras impregnadas de sátira e crítica social. Foi influenciado pelos 
trabalhos de músicos de variados gêneros, como Adoniran Barbosa, Cartola, Jimi Hendrix e 
Miles Davis, além de poetas como Paulo Leminski e Alice Ruiz.
Seus três primeiros LPs, (Beleléu, Leléu, Eu, 1980 lançado pelo selo Lira Paulistana; As 
Próprias Custas S.A., 1983; Sampa Midnight, 1986), foram relançados em CD pela Baratos 
Afins em1994. Seu único LP produzido por uma grande gravadora e da Continental, intitulado 
Intercontinental! Quem diria! Era só o que faltava..., de 1988. Todos com a Banda Isca de 
Polícia.
Em 1994 lançou a série Bicho de Sete Cabeças (três LPs também na forma de dois CDs),
 acompanhado pela banda Orquídeas do Brasil. Em 1995 lançou um CD com músicas de 
Ataulfo Alves, novamente com a Isca de Polícia, que foi premiado como melhor do ano pela 
APCA.
Entre composições suas que fizeram sucesso com outros interpretes estão Nego Dito, com o
 sambista Branca de Neve, Já deu pra sentir e Aprendiz de Feiticeiro, com Cássia Eller,
 Código de Acesso e Vi, não vivi, de Zélia Duncan,
Faleceu em 2003, de câncer de intestino.

Canção Nego Dito






Discografia


§  Pretobrás III - Devia Ser Proibido (Caixa Preta), Selo SESC SP, 2010.

§  Pretobrás II - Maldito Vírgula (Caixa Preta), Selo SESC SP, 2010.

§  Vasconcelos e Assumpção - isso vai dar repercussão, Elo Music/Boitatá, 2004. Com Naná Vasconcelos.

§  Pretobrás, Atração, 1998.

§  Ataulfo Alves por Itamar Assumpção - Pra Sempre Agora, Paradoxx, 1996.
§  Bicho de Sete Cabeças Vol III, Baratos Afins, 1993.
§  Bicho de Sete Cabeças Vol II, Baratos Afins, 1993.
§  Bicho de Sete Cabeças Vol I, Baratos Afins, 1993.
§  Intercontinental ! Quem Diria! Era Só o Que Faltava !!!,Gravadora Continental, 1988.
§  Sampa Midnight - isso não vai ficar assim, independente, 1983.
§  Às Próprias Custas S/A. Independente, 1981.
§  Beleléu, Leléu, Eu. Lira Paulistana, 1980.


Nome: Leonardo da Silva 
            Felipe Andrade 
            Pedro Henrique
            Vitor Coelho
























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